A FELICIDADE

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A FELICIDADE

        Afinal, quem é ela? Por onde andará! Como será o seu rosto, a cor dos seus olhos. Dizem que às deusas não tem corpo, são formas abstratas criadas pela nossa imaginação, que nos encantam com o ilusionismo que rege nossas vidas e que nos faz acreditar no poder cicatrizante do tempo; é comum ouvirmos frases que frequentemente são usadas como balsamo consolador que somente ele é capaz de curar às lesões provocadas por uma desilusão. No entanto, a perseverança e a fé revigoram nossas forças, e só então percebemos que nada acabou, pois existe algo muito mais além capaz de mudar nossos conceitos e valores.
       Não adianta tê-la conosco se não estivermos preparados para recebê-la, é preciso que saibamos que tudo que vivemos neste mundo tem seu preço, as ações que praticamos ou deixamos de praticá-las evidenciam como seremos no futuro e qual a trajetória a ser seguida para que possamos obter a realização plena, isto somente é possível quando formos capazes de conhecermos a nós mesmos. Quando tivermos a capacidade de substituir a palavra desculpa por perdão, portanto, precisamos lapidar nossa alma para que obtenhamos o selo de qualidade do nosso espírito.
       Mas, às adversidades do cotidiano quebranta nosso ser, e somos impelidos por forças superiores a trilhar outros caminhos, e cada vez mais vamos nos distanciando das nossas aspirações do verdadeiro e único desejo que almejamos alcançar na nossa existência.
       Somos bastante vulneráveis aos acontecimentos externos, que normalmente conseguem impactar nosso comportamento, e nos deixamos levar pelo sentimento multou de solidariedade que nos une aos nossos semelhantes, e então, compartilhamos desde a dor da perda até à alegria do nascimento e com esta atitude sem que percebamos nos tornamos vulneráveis ao sofrimento e à angústia, que intrinsecamente compõe nosso âmago.
       Estamos constantemente à sua procura, às vezes cruzamos com ela sem que a percebamos, assume formas diferentes, invariavelmente a encontramos no amanhecer, ao acordarmos com aquele beijo da pessoa amada, no caloroso abraço dos nossos entes queridos e amigos, ao contemplar toda a apoteótica magia do sol anunciando o nascer de um novo dia, mas a ignoramos e continuamos a buscá-la. Ela parece usar uma maquiagem que a torna invisível ao nosso olhar, toda via, sentimos sua presença, seu suave aroma que somente aqueles que têm o amor fazendo morada dentro de si podem senti-la.
       E, finalmente como poderemos encontrar este sentimento tão nobre, que devemos fazer para conquistá-lo e onde encontrá-lo? Não precisamos caminhar muito para descobrimos a verdadeira morada da felicidade, ela se encontra onde jamais poderíamos imaginar. Ela está dentro de nós; em nossas mentes; em nossos corações.

JValdomiro

Enviado por JValdomiro em 11/12/2016

Alterado em 11/12/2016

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